24.3.05

Pimenta no olho dos outros é refresco - PART II

Hoje foi um daqueles dias que eu precisei trabalhar a minha paciência...fui fazer mais exames...nem vou comentar os meus primeiros exames...nem quero lembrar!!!

Depois de ter me estressado com a falta de delicadeza da médica que fez esses exames que eu faço questão de esquecer, fui tomar vacina.

Sou daquele tipo de pessoa que detesta agulha, sangue e afins, ou seja, comecei a sua frio no instante que entrei no lugar. Fui atendida pelo meu ex-pediatra, que estava lá e quando viu que era eu e a minha irmã que ele iria atender, abriu um sorriso delicioso.

Eu ainda me lembro dos meus escândalos, birras e choros pré-vacinas.

O doutor, gentil e carinhoso, depois de ver que vacinas precisávamos tomar (acabou que só eu precisava...) disse que eu poderia ligar para ele se precisasse de ajuda com qualquer coisa no Canadá. (uma graça, ele já está todo grisalho e continua com a mesma cara simpática de sempre).

Saí da salinha dele e fui ficar na sala de espera para receber a agulhada, digo, vacina. Nem preciso dizer que eu já queria sair fora de lá e deixar para uma outra oportunidade receber a medicação. Mas nem adiantou, passados 2 minutos, uma enfermeira, já senhora, me chamou.

Sentei na cadeira e fui conversando com ela, para ver qual era a da mulher. Se ela fosse muito afobada, poderia me fazer um furo enorme nos braços (pois é, a enfermeira sugeriu uma vacina em cada braço...).

Ela foi rapidinha, pegou o medicamento, as agulhas, me mostrou a data de vencimento das vacinas, o nome dos medicamentos e já queria mandar bala.

Eu, toda encolhida, já fui logo avisando que detestava agulha e sangue e pedi para ela ir com calma.

A cena ficou mais patética ainda quando eu, na medida que ela se aproximava, fui pedindo para ela ter calma e ir devagar. A resposta? - Querida, quem precisa ter calma é você, afinal de contas, quem vai receber a vacina é você e não eu.

Good point.

A mesma sensação de sempre veio assim que ela acabou o procedimento. Eu, desde pequena, toda vez que acabava de tomar as minhas vacinas falava: Mas é só isso? Nem doeu! (a minha mãe ficava enlouquecida, porque eu caía no berreiro e mandava uma dessa no fim).

Porque será que essa lembrança de que não dói muito só vem quando eu já tô pronta para ir embora?

Um comentário:

. disse...

Pense que quando acabar vai ser só alegria. Bjs