Reflexões de um domingo chuvoso

Esse fim-de-semana foi de profunda reflexão e discussões. Hoje, eu fui almoçar com a Mari (Marily, ex-chefe e atual amiga e conselheira amorosa/profissional/familiar/etc e tal e vice-versa) em um restaurante árabe delicioso e famoso, o Arabia.

Tava lotado, claro, nós duas e a cidade toda tivemos a mesma idéia, mas o nosso bom humor em estarmos nos vendo em carne e osso superou quaisquer trivialidades como a espera de meia hora para sentar.

Digo em carne e osso porque nós nos falamos constantemente por msn e telefone e tem horas que eu me pergunto se ela é real(ela existe...ela é Real...?) ou uma invenção virtual da minha cabeça. Mas as nossas risadas e bobeirites comprovam que sim, as minhas confissões são feitas para alguém além da tela do computador, uma pessoa maravilhosa que eu tive a sorte enorme de encontrar.

Pois é, mas como eu ia dizendo, o dia foi intenso.

Eu, depois das discussões de ontem e hoje constatei que não dá para o ser humano entrar em um relacionamento pela metade, mais ou menos, sabe? Aquela coisa de acho que vou mas não fui.

Haja paciência para aguentar pessoas que não tem coragem de assumir o que sentem e preferem "play it safe" para não saírem da relação sem sequer um arranhão ou a roupa amassada...
Você tem coragem de viver uma vida na qual aos 50 você irá olhar para trás e perceber que tudo que viveu foi permeado de "SEs"?

Eu não, eu prefiro viver intensamente coisas boas e memoráveis e depois lidar com a dor do que sair pela porta da frente da mesma maneira que entrei, sem sequer precisar retocar a maquiagem.

Eu quero roupas amarrotadas, objetos quebrados, maquiagem desfeita e ter vivido, não vou esconder o que eu sinto e me fingir de morta.

Sem riscos a vida perde a graça, o encanto, a mesmice do dia a dia chega e você já está tão afundado nessa rotina que nem percebe que foi engolido e devorado por ela. Não deixe o tempo passar sem que você faça o que te dá prazer e sem que você tenha aproveitado momentos no mínimo inesquecíveis.

Dê a cara para bater e veja até onde isso te leva, prometo momentos de profunda dor e felicidade, o primeiro a bebida e o tempo resolverão, o segundo, a gente reza para não ter cura.