18.1.09

Alemanha Oriental e Ocidental

O nome do muro de neve na frente da minha casa é Berlim. Tem nevado quase todos os dias e o muro cresce e cresce.

A cidade de Toronto é responsável por tirar a neve das ruas e os residentes da cidade são responsáveis por tirar a neve da calçada e da garagem.

Claro que é o Brian que faz isso, dependendo da quantidade de neve que cai ele fica entre 2 ou 3 horas do lado de fora com a pá na mão. Eu fico em casa, preparando o chocolate quente que ele tomará assim que adentrar a casa com as calças cheia de neve e o corpo gelado.

Esse inverno tem sido rigoroso e difícil. Muito frio e MUITA neve. A neve já está mais alta que a varanda da frente da casa.

Hoje o Brian me disse que o muro tava desmoronando e caindo na Alemanha Oriental, ele arrumou a área danificada e agora estamos esperando o verão, que será chamado carinhosamente de "1989", quando a "Alemanha" será finalmente "unificada" novamente.

16.1.09

Equilíbrio

Esse ano eu prometo ser feliz. Feliz por mim e por aqueles que eu amo. Quero equilíbrio, menos estresse e grosseria.

Chega de canadense mal educado me cobrando as coisas sem nem um sorriso no rosto, de me arrancar os cabelos porque os ajustes que o cliente mandou há 5 minutos ainda não foram corrigidos.

Esse ano eu vou ser mais lenta, devagar, centrada. Vou fazer as coisas com mais atenção e menos ansiedade, com mais entrega e menos velocidade. Eu quero viver e pra isso preciso ir mais devagar.

A gente corre de um lado para o outro e quando para (agora com a reforma ortográfica, sem acento) sente o tempo se esvaindo por entre os dedos. Os dias começam e terminam como num filme e eu só sei que a semana acabou quando o fim de semana chega e eu tenho mais tempo pra mim.

Trabalho todos os dias das 9 ás 7 e vou dormir por volta das 11 da noite. Isso significa que eu tenho só 4 horas para me dedicar a minha vida pessoal. Ou seja, que vida pessoal?

Quem foi que disse que é legal levar uma vida assim, dedicada ao trabalho? Muito provavelmente a uma empresa que não hesitaria em se desfazer de você na hora que precisasse cortar custos.

É por isso que eu digo e repito. Esse ano vou ser feliz, por mim e por aqueles que eu amo.

Me lembrem disso quando eu estiver acordada a noite preocupada com algum projeto, por favor.

6.1.09

Eu e Mari. Mari e eu.

Desde que me mudei para Toronto venho ao Brasil uma vez por ano. Meu encontro anual com a Mari já virou tradição. Assim que eu decido a data da minha vinda já aviso a ela e marcamos nosso encontro.

Brasil não é Brasil sem calor e Marily. Nosso encontro me fortalece e me prepara pro novo ano que se inicia. Duas garotas dando risadas, falando sério, falando manso, falando alto. Simplesmente falando...e falando.

Esse ano fomos para um restaurante em Higienópolis e ficamos 5 horas colocando o papo em dia. A gente acha assunto que não acaba mais. Trabalho, amigos, amores, família, viagens, vontades.

A Mari é mulherão, daquele tipo que sabe do que fala e quando abre a boca expressa direitinho o que quer dizer, sem rodeios. Não é pra qualquer um, mas isso é óbvio, não é qualquer homem que consegue acompanhar toda essa inteligência e charme.

Esse ano de 2009 vai ser maravilhoso pra ela, ela vai ganhar o mundo (adoro essa ideia que ela será presenteada com o mundo) e com isso muitos amores também. Porque para utilizar todo o potencial desse presente é preciso amor também.

Se ela seguir meu conselho (de vez em quando me inspiro) e "conhecer" no mínimo um homem por cidade que visitar, ela voltará ao Brasil muitíssimo bem amada e pronta para enfrentar qualquer coisa.

Mari, me manda fotos das suas "conquistas" lá fora.